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domingo, 15 de julho de 2012

Mecanização agricola


A mecanização da agricultura iniciou-se nos Estados Unidos entre o fim do século XIX, com pesadas máquinas a vapor, e as primeiras décadas do século XX, com os tratores equipados com motor a explosão. A utilização de máquinas foi um importante fator de desenvolvimento da agropecuária: permitiu que a preparação do solo, o plantio e a colheita fossem realizados em áreas cada vez maiores, utilizando cada vez menos mão-de-obra.

A crescente mecanização da agricultura propiciou, por um lado, um grande aumento da produtividade e da produção, mas, por outro, ao necessitar de menos trabalhadores, gerou desemprego no campo, obrigando muitas pessoas a migrar para as cidades.






Isso ocorreu de forma diferenciada nos vários países e regiões do planeta. Na maioria dos países desenvolvidos, por exemplo, os trabalhadores agrícolas que se dirigiam às cidades encontravam trabalho porque os demais setores da economia, como indústrias, comercio e serviços, também estavam recebendo investimentos e, portanto, crescendo. Já nos países e regiões pobres, a maioria dos trabalhadores agrícolas que se deslocavam para as cidades não encontrava emprego. Tentavam sobreviver do subemprego, submetendo-se a condições muito precárias de moradia em favelas e cortiços.

Além da mecanização, as comunidades desenvolveram técnicas adaptadas às condições naturais da região em que vivem, como se pode observar nas fotos a seguir.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Novas fontes de ernegia

O petróleo passou a ser utilizado como fonte de energia em 1859, nos Estados Unido.: No início, era usado nos lampiões que iluminavam as ruas das cidades e o interior das casas.

Com a invenção dos motores a explosão, que são movidos a gasolina ou óleo diesel — derivados do petróleo —, o consumo de petróleo não parou mais de crescer. Poucos ano.: depois de inventados, esses motores eram empregados para movimentar trens, navios, carros e aviões.

Como você já deve ter percebido quando estudou a invenção das máquinas hidráulicas e a vapor, a introdução de uma nova tecnologia pode acarretar grandes mudanças. Foi o que ocorreu com os motores a explosão. Essa inovação tecnológica provocou outra revolução nas indústrias, nos sistemas de transportes e na organização interna das cidades.


Quando esses motores não existiam, as fábricas tinham de localizar-se próximo às izidas de carvão, ou em cidades portuárias, ou então nas margens das ferrovias. Com a ivenção dos motores a explosão, tornou-se possível instalar fábricas e ferrovias em muitos outros lugares do planeta. O transporte da nova fonte de energia, além de ser mais fácil, também era mais barato.

Os motores a explosão contribuíram para a expansão da indústria automobilística, que, por sua vez, impulsionou o surgimento de diversas outras fábricas que produzem os equipamentos necessários para a montagem dos automóveis (novas máquinas e ferramentas), além de indústrias de autopeças (peças para carros, como partes de motor, volante, faróis, amortecedores etc.).

Em função de tudo isso, formou-se ainda uma ampla rede de comércio e serviços, provocando grande transformação no espaço geográfico. Nessa época, início do século XX, a ford foi a primeira indústria automobilística do mundo a implantar a linha de montagem com produção de carros em série.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

As primeiras fabricas no brasil

Foi só a partir da década de 1850 que as atividades industriais ganharam força no Brasil, graças principalmente à proibição do tráfico de escravos, determinada naquela época, e ao crescimento da economia cafeeira. Desde 1844, entretanto, quando o governo aumentou os impostos sobre os produtos importados (tarifa Alves Branco), começaram a surgir fábricas no Brasil. A partir da metade do século XIX, foram inaugurados estaleiros (lugar onde se constroem barcos e navios), metalúrgicas, moinhos de farinha, tecelagens e outros tipos de indústria.

Apesar de terem sido instaladas fábricas em vários pontos do país, elas se localizavam principalmente nas províncias (atuais estados) de São Paulo e Rio de Janeiro, onde havia maior concentração de dinheiro, ferrovias, comércio, bancos e mercado consumidor.

 Até a década de 1930, as fábricas brasileiras, com exceção de alguns estaleiros : metalúrgicas, praticamente só produziam bens de consumo para a população. Eram fábricas de cerâmica, tijolos, móveis, tecidos, roupas, ferramentas, remédios, material construção, moinhos de farinha, etc. A agricultura continuava ser o principal setor da economia do país.

As máquinas que essas indústrias de bens de consumo usavam eram importadas dos países que haviam começado seu processo de industrialização já no século XVIII e início XIX (parte da Europa, Estados Unidos e Japão). Ao se iniciar o século XX, aqueles países, por tanto, tinham um parque industrial mais diversificado e lucrativo, enquanto o Brasil produzia uma variedade pequena de produtos e era obrigado a importar vários equipamentos industriais. Isso significa que o Brasil exportava produtos agrícolas, que são menos valorizados, e importava máquinas e equipamentos industriais, geralmente mais caros.

Em momentos de crise no comércio internacional (como a Primeira Guerra Munais por exemplo) ou quando o governo brasileiro tomou medidas que dificultavam a entrada ■ produtos estrangeiros, a indústria brasileira conseguiu crescer mais rapidamente.

Foi o que aconteceu, por exemplo, a partir de uma crise mundial que se iniciou e 1929 e se prolongou pela primeira metade da década de 1930. Nesse período, as exportaçoes brasileiras, basicamente de produtos agrícolas, ficaram bastante prejudicadas. Muitos fazendeiros e banqueiros passaram, então, a investir na produção de mercadorias, tanto agrícolas quanto industriais, para vender no mercado interno. Com essa crise, a industrialização brasileira ganhou forte impulso.
 








terça-feira, 10 de julho de 2012

Artesanato e Manufatura

A primeira forma de produzir objetos para uso pessoal e para trocar ou vender em feiras e mercados foi o artesanato. É um modo de produção individual, ou organizado em Dequenos grupos, que não utiliza máquinas, apenas ferramentas. No artesanato, cada pessoa é responsável por todas — ou quase todas — as etapas da produção; às vezes, uma ou outra tarefa é dividida com ajudantes. Por exemplo: na confecção de um sapato, o artesão desenha o calçado, corta o couro, faz a sola e o cadarço, costura e pinta, ou seja, concebe e faz o sapato praticamente sozinho.

Você já teve oportunidade de ver um artesão trabalhando? Ainda hoje é comum encontrá-los produzindo bijuterias, peças de cerâmica, palha, couro, entre outros produtos, e vendendo-as em feiras de arte, de artesanato, na praia etc.

Embora essa forma de produção esteja presente na história desde que os seres humanos começaram a lascar pedras para produzir as primeiras ferramentas, foi durante a Idade Média (séculos V a XV) que ela adquiriu maior importância. No início, o trabalho do artesão come-
çava no campo por exemplo,criando e tosquiando ovelhas para depois fiar, tecer e costurar ou cortando árvores para produzir móveis.

O artesanato continua existindo mesmo nos países mais industrializados e, muitas vezes, é valorizado pela exclusividade de suas peças. Mercados e feiras de artesanato costumam atrair muitos turistas.

 Por volta do século XIV em alguns centros urbanos da Itália, em Flandres e na Inglaterra, a produção de mercadorias passou a realizar-se nas manufaturas. Assim como no artesanato, nas manufaturas também não se utilizam máquinas, apenas ferramentas.

Mas nessa forma de produção, cada operação é realizada por um trabalhador. No caso: da produção de sapatos, por exemplo, um trabalhador desenha o modelo, outro corta o couro, mas um costura, o outro pinta etc. Assim, com as manufaturas surgiu a divisão do trabalho.

A divisão do trabalho provocou um aumento no volume de mercadorias produzido  em razão, basicamente, de três fatores:

- por realizar uma única tarefa, o trabalhador tornava-se mais ágil no que fazia;

- o trabalhador não perdia tempo passando de uma tarefa para outra;

 - houve incentivo para a criação de ferramentas mais adequadas para cada etapa do trabalh

A partir do século XVIII, com a invenção de máquinas (a vapor, hidráulicas, elétricas mais recentemente, eletrônicas), os sistemas de produção artesanal e manufatureiro ficaram restritos às regiões menos desenvolvidas. Passou a predominar o sistema industrial de produção de mercadorias, em que a produção é feita em grande escala e cada trabalhador é responsável por uma pequena parte do processo de fabricação de um produto.




segunda-feira, 9 de julho de 2012

Eras geológicas e alguns de seus periodos

Era Pré-cambriana: durou cerca de 4 bilhões de anos. Isso significa que quase 90% de toda a história geológica do planeta ocorreu nessa era.

Durante o período Árqneozóleo houve a formação da crosta terrestre. Embora a palavra arqueozóico signifique “o começo da vida”, os pesquisadores não encontraram provas de que nessa era havia qualquer tipo de organismo vivo no planeta. A atmosfera tinha composição completamente diferente da atual e, como a crosta ainda estava se formando, o número de vulcões em atividade era enorme. A temperatura da superfície era tão alta que a água das chuvas evaporava antes mesmo de chegar ao solo.

Durante o período Proterozóico a vida começou a surgir no oceano de forma primitiva: apenas bactérias e algas. Nessa era, nos terrenos que fazem parte do território brasileiro, ocorreram vários dobramentos, dos quais restam as serras, que são ricas em ferro, ouro e outros minerais metálicos.

Era Paleozóica? durou em torno de 325 milhões de anos. Nessa fase desenvolveram-se os peixes — aumentando em quantidade a vida nos mares — e a flora.

No período Carbonífero, o penúltimo dessa era, surgiram grandes florestas e iniciou-se a formação das bacias de carvão mineral. Foi essa a principal fonte de energia utilizada na industrialização a partir do século XVIII. Ela continua sendo muito utilizada nas usinas termelétricas e em algumas indústrias, principalmente as siderúrgicas.

Era Mesozóicas teve duração de aproximadamente 179 milhões de anos.

No período Triássico surgiram os dinossauros, que no Jurássico se espalharam pela Terra.

No período Cretáceo iniciou-se a movimentação das placas tectônicas e formaram-se as bacias de petróleo, que, como vimos no início do capítulo, é a principal fonte de energia do planeta. No final desse período, houve uma extinção abrupta de numerosas espécies, inclusive dos dinossauros.

Era Cenozóicas começou há cerca de 66 milhões de anos. Com o desaparecimento dos dinossauros, foi possível a expansão e diversificação dos mamíferos.

No período Terciário, as placas tectônicas continuaram se movimentando, os continentes separaram-se e surgiram as grandes cadeias montanhosas — Andes, Rochosas,
Alpes e outras.

No período Quaternário, surgiram os primeiros seres humanos e aconteceram as glaciações, durante as quais houve avanço das calotas polares e das geleiras nas cadeias montanhosas novas, sobretudo no Hemisfério Norte.

domingo, 8 de julho de 2012

Rochas sedimentares e metamórficas



As rochas sedimentares formaram-se a partir da compactação de sedimentos minerais e orgânicos (animais e vegetais). Os arenitos, por exemplo — cujo nome significa “pedra de areia” , são compostos de grãos de areia que foram compactados.Têm portanto, origem mineral. Já o carvão mineral é uma rocha sedimentar de origem orgânica cuja formação leva milhões de anos.


(carrvão vegetal, aquele utilizado para fazer churrasco, por exemplo, é completamente diferente do carvão mineral. Ele não é uma rocha. É obtido de lenha queimada em fornos; trata-se, portanto, de uma fonte renovável de imergia.)

 Algumas rochas sofreram transformações no interior da crosta, onde a temperatura e a pressão são muito elevadas: são as rochas metamórficas. Nesses casos, os minerais que compõem a rocha costumam ser os mesmos, mas seu arranjo nas rochas é diferente. O mármore é uma rocha metamórfica que se transformou a partir do calcário, uma rocha sedimentar. 
O mármore (rocha metamórfica) transformou-se a partir do calcário (rocha sedimentar). Embora tenham aparência distinta, ambos são formados por carbonato de cálcio (CaC03).

Rochas magmáticas

A crosta terrestre é composta de rochas, formadas por um ou mais minerais. As rochas são classificadas em magmáticas, sedimentares ou metamórficas, dependendo do processo geológico que as originou.

As rochas magmáticas consolidaram-se com o resfriamento do magma, tanto no interior da crosta quanto na superfície. 0 granito, por exemplo, utilizado em construções, pias de cozinha e pavimentação de ruas, é uma rocha magmática composta de três minerais.

Quando o resfriamento do magma acontece lentamente no interior da crosta, conseguimos enxergar os diferentes minerais que compõem a rocha. Na foto, vemos dois pedaços de granito, que é uma rocha magmática composta de três minerais: quartzo (branco e rosado, na foto), feldspato (brilhante) e mica (preto).

formaçao das bacias sedimentares

7t Nosso planeta está em constante transformação, e nele existem paisagens naturais de idades muito diferentes. Enquanto algumas montanhas se originaram em eras geológicas anti-fps, as mais altas cadeias montanhosas são resultado de dobramentos ocorridos na era geo-■ lógica atual. Você poderia citar alguma dessas cadeias?

Para compreender melhor essas transformações, pense na seguinte cena: a água bar-mta da chuva descendo o morro. A água, nesse caso, é um agente externo que altera o ambiente. Ela está transportando partículas do solo das partes mais altas do relevo para as ’ partes mais baixas. Imagine então o volume de material que a água das chuvas pode transportar ém um século, em mil anos, em um milhão de anos, em um bilhão de anos!

Assim, ao longo do tempo geológico, as cadeias de montanhas vão sendo rebaixadas pela ação dos agentes externos, que são principalmente a água da chuva, os ventos, os rios e, às vezes, as geleiras. Por isso, as montanhas mais antigas têm altitudes menores e são mais arredondadas que as montanhas mais recentes.

Mas... para onde vai o material do alto das montanhas transportado pelas chuvas — os sedimentos? Deposita-se nas partes mais baixas do relevo, formando, ao longo do tempo ^ológico, grandes estruturas chamadas bacias sedimentares. Observe o esquema e a foto:
: * mação das bacias sedimentares
No início, o planeta era muito quente, formado por uma massa de substâncias fundidas a altíssimas temperaturas — como é a lava dos vulcões ainda hoje. (Você já viu alguma erupção vulcânica pela TV ou em fotos na imprensa?) Toda a superfície e o interior da Terra eram formados por    incandescente.

Os minerais mais densos e pesados afundaram, constituindo o núcleo do planeta, composto principalmente de níquel e ferro. Parte desses minerais permaneceu nas camadas superiores, originando as atuais jazidas de minerais metálicos.

Os minerais mais leves, de menor densidade, como silício, oxigênio, alumínio, magnésio e outros, se concentraram nas camadas exteriores e foram esfriando lentamente, até formarem uma fina camada rochosa na superfície — a crosta terrestre.

Como você pôde ver na página anterior, a antiga configuração dos continentes era completamente diferente da atual. A superfície da Terra permanece em movimento: até hoje os continentes continuam se movimentando e a configuração do planeta continua sofrendo transformações.

                                                                  

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Revoluçao de fevereiro

anibomb.gif (3559 bytes)A Revolução de fevereiro de 1917 pode ser considerada uma primeira etapa que envolvia o contexto específico da Rússia e da economia mundial da época. A deposição do poder monárquico russo foi uma demonstração de poder capaz de assinalar a fragilidade do sistema capitalista, principalmente no que tange às conseqüências trazidas por uma guerra mundial feita para se definir de forma brutal o papel econômico das principais potências.

A Rússia, que participou dos conflitos da Primeira Guerra Mundial (1918 – 1918), possuía uma extensa população cingida por enorme fosso social. De um lado, havia massa de camponeses sem condições de sobreviver fora da dominação opressora dos grandes proprietários. Do outro, a formação de uma extensa classe de operários explorados por um parque industrial fomentado pela ação de grupos econômicos estrangeiros.

Foi nesse quadro específico que Leon Trotsky conseguiu arregimentar grande parte da população russa em torno de um projeto político revolucionário. Dessa forma, o partido bolchevique se formou com a promessa de uma transformação imediata que atenderia a demanda das classes trabalhadoras da nação continental. No âmbito externo, as baixas na Primeira Guerra somente vieram a fortificar o potencial revolucionário ao piorar as condições de uma economia que mal sustentava sua população civil.

Nos primeiros meses de 1917 a situação chegara a um ponto completamente insustentável. Diversas lojas de mantimentos começaram a ser saqueadas pela população, os movimentos grevistas foram articulados e uma onda de protestos contra o governo czarista tomava as ruas da capital Petrogrado. As forças repressoras, que já também não reconheciam o poder estabelecido, tomaram parte da derrubada do governo ocorrida em 26 de fevereiro daquele mesmo ano.

Pressionado pelo levante popular, o czar Nicolau II abdicou do poder monárquico instaurando uma situação política dúbia no país. Ao mesmo tempo em que o parlamento de maioria burguesa assumiu o novo governo, os sovietes russos começaram a se concentrar na capital na esperança de ter suas reivindicações atendidas. Na época, as organizações trabalhadoras (sovietes) eram ainda dominadas por uma corrente de pensamento reformista favorável a uma transformação gradual.

O projeto de ruptura proposto pelos partidários bolcheviques só tomou força no momento em que Lênin retornou de seu exílio e publicou as “Teses de Abril”. A sua obra pregava uma reformulação do cenário político ao se opor a uma ordem onde o parlamento seria o instrumento de ação política direta. Em seu discurso, Lênin realizou um quadro ainda mais urgente onde as classes trabalhadoras deveriam ter poder decisório imediato.

Ao contrário do que parecia, Lênin não defendia a imposição imediata de um regime de ordem socialista. Em sua perspectiva, a revolução deveria alcançar uma segunda etapa onde os trabalhadores iriam decidir como a recuperação da Rússia iria se elaborar. Os opositores de Lênin diziam que ele forçava uma outra revolução com pretensões de desestabilizar o “novo” governo em ação. No fim das contas, a proposta de Lênin ganhou força frente às medidas do governo da burguesia parlamentar.

Em abril de 1917, o governo burguês deu um verdadeiro “tiro no pé” ao manter a Rússia nos conflitos da Primeira Guerra. Miliukov, chefe do governo provisório, renunciou ao cargo dando margem para a configuração de um comando partilhado entre burgueses e trabalhadores. O novo governo conseguiu conter os levantes populares e reorganizar os exércitos russos. No entanto, a partir de junho, novas derrotas militares somente mostraram a inviabilidade do governo composto por trabalhadores e burgueses.

Os protestos se potencializaram com força maior, no entanto, os levantes concentrados na capital não eram suficientes para trazer um novo governo. Os conservadores aproveitaram da situação para tentar excluir os populares do cenário político. Muitos deles passaram a acusar os bolcheviques de serem comprometidos com os interesses dos inimigos de guerra ao propor uma rendição pacífica das tropas russas. Além disso, os conservadores tentaram apoiar um fracassado golpe militar conduzido pelo general Kornilov.

A tentativa de golpe de Estado foi o incidente final e necessário para que a perspectiva política de Lênin tivesse força. Os operários e soldados russos fizeram oposição massiva contra uma nova ordem de governo ditatorial. Os militares começaram a abandonar os campos de batalha da Primeira Guerra, os camponeses intensificaram seus protestos e as idéias de Lênin ganharam maioria dentro dos sovietes. Uma nova revolução se preparava.

 











quarta-feira, 27 de junho de 2012

domingo sangrento

anibomb.gif (3559 bytes)No Domingo do dia 22 de Janeiro de 1905 (9 de janeiro, segundo o calendário seguido pela Rússia na época), foi organizada uma manifestação pacífica e em marcha lenta, liderada pelo padre ortodoxo e membro da Okrana, Gregori Gapone, com destino ao Palácio de Inverno do czar Nicolau II, em São Petersburgo, com o objetivo de entregar uma petição, assinada por cerca de 135 mil trabalhadores, reivindicando direitos ao povo, como reforma agrária, tolerância religiosa, fim da censura, e a presença de representantes do povo no governo. Segundo algumas fontes, durante a caminhada, eram cantadas músicas religiosas, e também a canção nacional “Deus Salve o Czar”.

Sergei Alexandrovitch, grão-duque, ordenou que a guarda do czar não permitisse que o povo se aproximasse do palácio, e mandou-os dispersarem a manifestação. O povo não se mexeu. Então, a guarda, ao ver que não seria obedecida, disparou contra a multidão. A manifestação rapidamente se dispersou deixando centenas de mortos.

Este episódio ficou conhecido como o Domingo Sangrento, e foi o estopim para o início de um movimento revolucionário. O povo estava indignado com a atitude do czar, que até então, era visto com bons olhos por eles.

anibomb.gif (3559 bytes)Seguindo a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914, o Exército Alemão abriu a Frente Ocidental inicialmente invadindo Luxemburgo e a Bélgica, ganhando então controle militar de importantes regiões industriais na França. A maré do avanço sofreu uma reviravolta dramática com a Primeira batalha do Marne. Ambos os lados então cavaram longitudinalmente uma linha sinuosa de trincheiras fortificadas, estendendo-se desde o Mar do Norte até a fronteira da Suíça com a França. Essa linha permaneceu essencialmente sem mudanças durante a maior parte da guerra.
Entre 1915 e 1917 ocorreram grandes ofensivas ao longo da frente. Os ataques empregaram enormes bombardeios de artilharia e grandes avanços de infantaria. Entretanto, uma combinação de entrincheiramentos, ninhos de metralhadoras, arame farpado e artilharia repetidamente infligiram severas baixas nas forças agressoras e nas forças defensivas contra-atacantes. Como consequência, nenhum avanço significativo foi feito.
Em um esforço para quebrar a estagnação, essa frente testemunhou a introdução de novas tecnologias militares, incluindo gases tóxicos, aeronaves e tanques. Mas só foi após a adoção de táticas militares aperfeiçoadas que algum grau de mobilidade foi restaurado.
Apesar da natureza geralmente estagnada dessa frente, esse teatro provou-se decisivo. O inexorável avanço dos exércitos dos Aliados em 1918 persuadiu os comandantes alemães de que a derrota era inevitável, e o governo foi forçado a apelar por condições de um armistício.
 
anibomb.gif (3559 bytes)triplice entente

A Tríplice Entente Foi uma aliança feita entre a Inglaterra, França e o Império Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansões alemãs e austro-húngaras pela Europa. Foi feito após a criação da Entente Anglo-Russa.

Na Primeira Guerra, duas alianças lutavam, a Tríplice Entente e a Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria-Hungria e Itália). Posteriormente, recebeu apoio da Itália, que fez um trato com a Inglaterra; dos Estados Unidos, pois a Alemanha afundou um navio inglês com americanos e perdeu o apoio russo, devido as guerras civis internas. Os Estados Unidos também chegaram a participar da guerra porque viram que a Tríplice Entente estava perdendo e como tinha vendido mercadorias (armas, capacetes, canhões, etc.) que só seriam pagas após a guerra, entrou nesta para garantir a vitória de seus compradores, pois se perdessem a guerra, não poderiam pagar essas mercadorias, em 1917 também Portugal entrou nesta aliança, pois fora da guerra, via as suas colónias ameaçadas pelos estados que sairiam vencedores e consequentemente reforçados na discussão internacional, além do que, as forças alemãs eram uma constante ameaça ao dominio português nas suas colónias em África.

Com o fim da guerra, em 1918, os Estados Unidos tornam-se a maior potência mundial do século XX. As principais causas foram os ataques internos pela Tríplice Aliança.


Participação dos países na Grande Guerra

Estados Unidos
O Estados Unidos estiveram presentes desde o início da Guerra ao lado da Tríplice Entente. Até 1917 eram apenas fornecedores de armamento, mas também de artigos industrializados, pois a produção de alimentos, vestimentas e qualquer outro tipo de produto, na Europa, havia sido afetada, pelo deslocamento de homens para a Guerra e pela destruição causada por ela. Após a saída dos russos, o EUA vê seus investimentos em risco, pois, se seus aliados perdem a Guerra deixam de pagar suas dividas. Então, o país entra militarmente no conflito, sendo decisivo para o final da guerra a favor da Tríplice Entente.


França
Lutando desde o início do conflito, a França junto com a Alemanha deram início às batalhas de trincheiras, foram gênios em armadilhas e em estratégias nas florestas que eram grande parte do cenário das batalhas na França, e resistiram até o grande reforço aliado para repelir de vez as tropas da tríplice aliança.


Itália
No início da Primeira Guerra Mundial, a Itália abandonou a Tríplice Aliança e se recusou a participar do conflito. Contudo, em função das promessas territoriais que recebeu, a Itália entrou no conflito ao lado da Tríplice Entente.


Japão
O Japão só entrou na guerra para se apossar das colônias da Alemanha no Pacífico e das concessões alemãs na China.


Reino Unido
Era a nação com a marinha mais numerosa (mais ou menos 290 mil embarcações), o que ajudou muito na vitória contra os alemães.


a triplice aliança

A Tríplice Aliança (Alemão: Dreibund, Italiano: Triplice Alleanza) foi o acordo militar entre a Alemanha, a Áustria-Hungria e a Itália, estabelecido formalmente em 20 de Maio de 1882, em que cada uma garantia apoio às demais no caso de algum ataque de duas ou mais potências sobre uma das partes. A Alemanha e a Itália ainda garantiam apoio entre si no caso de um ataque vindo da França. A Itália, no entanto, especificava que seu apoio não se estenderia contra o Reino Unido.

A situação da Itália neste acordo, no entanto, era instável na medida em que sua população era desfavorável ao estabelecimento de um acordo com o Império Austro-Húngaro, antigo inimigo de sua unificação.

Quando estourou a Primeira Guerra Mundial e a Áustria-Hungria e a Alemanha se viram em guerra com a Tríplice Entente (Rússia, França e, mais tarde, a Inglaterra), a Itália tendo prometido apoio às duas primeiras entrou para o lado da Tríplice Entente contra a Austria-Hungria em maio de 1915 e a Alemanha em agosto de 1916. A justificativa da Itália era de que a Tríplice Aliança era um acordo de defesa enquanto que na ocasião foram os impérios germânicos os ofensores.

União Soviética




 

anibomb.gif (3559 bytes)A História da União Soviética começa com a Revolução de 1917 numa tentativa de implementar o comunismo em larga escala por Vladimir Lenin, até ao colapso da União Soviética em 1991, quando o seu governo centralizado foi dissolvido.
A União Soviética é tradicionalmente considerada o sucessor do Império Russo e da sua curta sucessora, o Governo Provisório sob Yevgenyevich Georgy Lvov e depois Alexander Kerensky. O último czar russo, Nicolau II, governou até março de 1917, quando o Império foi derrubado e um breve governo provisório russo tomou o poder, o último a ser derrubado em novembro de 1917 por Vladimir Lenin.
De 1917 a 1922, o antecessor de a União Soviética era a República Socialista Federativa Soviética Russa (RSFSR), que era um país independente, assim como outras repúblicas soviéticas na época. A União Soviética foi oficialmente criada em dezembro de 1922 como a união do Russo (coloquialmente conhecido como Rússia bolchevique), ucraniano, bielo-russo, e Transcaucásia, repúblicas soviéticas governadas por partidos bolcheviques.
A União Soviética existiu até 1991, quando todas as repúblicas soviéticas declaram a sua independência com relação ao governo centralizado de Moscou.

Consequências da Primeira Guerra Mundial

A crise da economia alemã: uma mulher usa dinheiro para aquecer sua lareira.
A crise da economia alemã: uma mulher usa dinheiro para aquecer sua lareira.
Os acordos que deveriam dar fim aos conflitos da Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918) serviram para que um clima de rivalidades se agravasse ao longo do período do Entreguerras. A imposição de multas e sanções extremamente pesadas não conseguiu fazer com que o equilíbrio político real fosse alcançado entre as potências econômicas mundiais. Grosso modo, podemos afirmar que a Primeira Guerra pavimentou as possibilidades para a ocorrência de um novo conflito internacional.
Mesmo posando ao lado dos vencedores, a Itália saiu frustrada do conflito ao não receber os ganhos materiais que esperava. Na Alemanha, onde as mais pesadas sanções do Tratado de Versalhes foram instituídas, a economia viveu em franca decadência e os índices inflacionários alcançaram valores exorbitantes. Esse contexto de declínio e degradação acabou criando chances para que Itália e Alemanha fossem dominadas por regimes marcados pelo nacionalismo extremo e a franca expansão militar.

A Sociedade das Nações, órgão internacional incumbido de manter a paz, não conseguiu cumprir seu papel. O Japão impôs um projeto expansionista que culminou com a ocupação da Manchúria. Os alemães passaram a descumprir paulatinamente as exigências impostas pelos Tratados de Versalhes e realizaram a ocupação da região da Renânia. Enquanto isso, os italianos aproveitaram da nova situação para realizar a invasão à Etiópia.

O equilíbrio almejado pelos países também foi impedido pela crise econômica que devastou o sistema capitalista no ano de 1929. Sem condições de impor seus interesses contra os alemães e italianos, as grandes nações europeias passaram a ceder espaço aos interesses dos governos totalitários. Aproveitando dessa situação, os regimes de Hitler e Mussolini incentivaram a expansão de uma indústria bélica que utilizou a Guerra Civil Espanhola como “palco de ensaios” para um novo conflito mundial.

Fortalecidas nessa nova conjuntura política, Itália, Alemanha e Japão começaram a engendrar os primeiros passos de uma guerra ainda mais sangrenta e devastadora. A tão sonhada paz escoava pelo ralo das contradições de uma guerra sustentada pelas contradições impostas pelo capitalismo concorrencial. Por fim, o ano de 1939 seria o estopim de antigas disputas que não conseguiram ser superadas com o trágico saldo da Primeira Guerra.

Consequencias da primeira guerra mundial ao continente Europeu

As vestimentas femininas com o advento da Primeira Guerra Mundial
As vestimentas femininas com o advento da Primeira Guerra Mundial
anibomb.gif (3559 bytes)O Continente Europeu sofreu terrivelmente com a Primeira Guerra Mundial. A guerra sempre foi sinônimo da mais forte expressão da dor, pois ceifa, arruína, destrói vidas, família, tudo por onde passa. Mais de vinte milhões de pessoas morreram nesse conflito, a economia ficou paralisada e gerou o caos inflacionário, grandes epidemias ocorreram, houve decréscimo de produção de alimentos e, consequentemente, fome. Uma sociedade em tempos de guerra sofre muitas e severas transformações.
A partir desse cenário as mulheres foram observadas de outra forma. Elas, historicamente repelidas a um papel reduzido socialmente, passaram a ter destaque como propulsoras de uma sociedade decadente, onde os homens deixavam suas famílias, lares, pátria, para ir ao “front”. Neste momento acompanhou-se a passos lentos a libertação da mulher e o declínio do prestígio familiar e cristão. Apareceu um novo modelo de casamento.
Quando o homem voltou da guerra mudou em muito o seu comportamento no contexto familiar, ele passou a participar mais das tarefas domésticas. E a mulher, ao encarregar-se dos cargos de trabalho fora de casa, enquanto os homens estavam fora, aprenderam as funções do mercado de trabalho adquirindo certa independência econômica que as levou a reclamar os mesmos direitos que os homens tinham.
A vida social ficou limitada. Os belos espetáculos praticamente desapareceram, com isso a moda feminina ficou menos elaborada e consequentemente menos enfeitada. Diante de mudanças radicais e de um cenário sem esperança, as mulheres buscaram preencher suas insatisfações, aflições, por meio da preocupação com a sua aparência física e mudanças na vestimenta feminina.

Muitas das novas ocupações com o trabalho exigiram uniformes, incluindo calças. Assim, uma visão militarista invadiu os figurinos de moda, como jaquetas com estilo militar, cintos e palas. Os estilistas eram inspirados pelo momento em que viviam. Nesse contexto podemos dizer que a Europa viveu dias de grande espírito criativo no mundo da moda. Muitos estilos inovadores nasceram dessa paisagem crítica, como a da jovem Gabrielle Chanel, mais conhecida como “Coco Chanel”.

Nessa época, o espartilho foi deixado para trás e foi substituído pela cinta elástica, a quantidade de tecido das roupas diminuiu em razão da falta de matéria-prima e de grande parte das fábricas estarem fechadas devido à guerra. Assim ocorreram adaptações nas vestimentas femininas. As roupas ficaram mais curtas, as calças, mais largas; as saias e casacos, retos. Em 1915 a altura das saias ficou um pouco acima dos tornozelos.
Os chapéus diminuíram de tamanho e eram pouco enfeitados, bem discretos. Esses chapéus viraram moda e passaram a ser chamados de chapéus “cloche”; especialmente criados para acompanhar os cabelos curtos e penteados que estavam na moda “la garçonne”. Esse modelo acentuava um estilo esportivo e prático. Na maquiagem, a tendência era o batom.  A boca era carmim, em forma de coração. A maquiagem era forte nos olhos, as sobrancelhas tiradas e o risco pintado a lápis. O intuito da maquiagem era que a pele ficasse bem branca.
As cores neutras e a cor negra preponderaram nos anos da guerra, contrastando com o cenário lastimável da guerra, um sinal da falta de esperança, desolação e de morte. Fatos interessantes ocorreram no período, como a publicação de revistas de moda apresentando modelos de roupa para o luto em páginas inteiras. Foram organizados diversos desfiles de moda com o intuito de arrecadar fundos aos esforços de guerra e também aos desprotegidos e aos refugiados.
Podemos dizer que a vida simplificou-se e não parou. Isso quer dizer que “A Primeira Guerra Mundial” devastou e ao mesmo tempo inovou o mundo da moda. A guerra trouxe carência, simplicidade e severidade para a população e, naturalmente, afetou a beleza e a moda.  A história da moda sempre esteve unida às transformações sociais, distinguindo classe, idade, momento. Consequências de um tempo onde a desordem imperava.

Alianças para a Primeira Guerra Mundial


Uma charge representando o tenso cenário político-militar que antecedeu a Primeira Guerra.
anibomb.gif (3559 bytes)Os anos que antecederam a Primeira Guerra Mundial não foram marcados por nenhum conflito entre as nações européias. No entanto, entre o final do século XIX e o início do século XX, as principais nações envolvidas nas disputas imperialistas realizaram uma grande corrida armamentista. A tecnologia bélica sofreu grandes avanços nessa época, e grande parte desses armamentos eram testados nas possessões coloniais espalhadas pelos continentes asiático e africano.

As potências imperialistas de maior porte, como Inglaterra e França, utilizavam das armas para conter as revoltas em suas zonas de dominação imperialista. Por outro lado, Itália e Alemanha – que possuíam domínios de menor riqueza – também participaram dessa corrida bélica com o objetivo de buscar novos domínios que atendessem suas ambições econômicas. A ampliação do arsenal das grandes potências não causou diretamente a guerra, mas configurou o cenário para a luta.

Antes de 1914, as nações européias realizaram um grande número de alianças que polarizaram as disputas econômicas entre as nações. No ano de 1882, a Alemanha, o Império Austro-Húngaro e a Itália formaram a chamada Tríplice Aliança. Nesse acordo ficava estabelecido que caso um dos países declarasse guerra, os demais envolvidos se comprometiam a permanecerem neutros. Além desse ponto, outras questões militares ficaram pré-estabelecidas.

Caso os franceses atacassem a Itália, austríacos e alemães deveriam apoiar a Itália em um provável confronto. Se a Alemanha fosse vítima de uma invasão militar francesa, somente a Itália seria obrigada a apoiar militarmente os alemães. Por fim, se qualquer um dos envolvidos desse tratado fosse afrontado por duas nações européias, os outros envolvidos deveriam apoiar o aliado com exércitos e armas.

Esses acordos que previam uma série de conflitos hipotéticos, de fato, podem ser vistos como conseqüência das disputas que ocorriam no período. Na África, os alemães procuravam controlar mercados anteriormente dominados pelos ingleses. A pressão econômica e colonial exercida pela Alemanha obrigou a Inglaterra a interromper seu longo isolamento em relação à França, até então sua maior concorrente comercial.

No ano de 1904, a Entente Cordial firmou um primeiro acordo entre Inglaterra e França. Segundo esse primeiro tratado, a Inglaterra teria total liberdade de exploração econômica na região do Egito, enquanto os franceses teriam seus interesses garantidos no Marrocos. A Alemanha não reconheceu esses acordos estabelecendo resistência à dominação francesa no Marrocos. Entre 1905 e 1911, aconteceram pequenos conflitos nas regiões de Agadir e Tanger.

No continente asiático, França e Inglaterra disputavam o controle de posições em territórios da atual Tailândia. Ao mesmo tempo, os ingleses tinham problemas com os interesses dos russos na exploração econômica de regiões do Oriente Médio, do Tibet e da Ásia Central. Em 1907, a intermediação diplomática francesa conseguiu equilibrar as disputas entre russos e britânicos.

O acordo entre essas três nações possibilitou a assinatura da Tríplice Entente. Essa aliança estabeleceu um processo de polarização política, militar e econômica entre as grandes potências européias. Nesse contexto se institui a chamada “paz armada”, um equilíbrio diplomático que poderia se esfacelar ao menor conflito que pudesse justificar a luta direta entre as duas alianças formadas. Foi quando, em 1914, um incidente terrorista nos bálcãs despertou as rivalidades historicamente fomentadas.
A Primeira Guerra expôs um novo paradigma de destruição bélica ao mundo.
A Primeira Guerra expôs um novo paradigma de destruição bélica ao mundo.
anibomb.gif (3559 bytes)Entre os anos de 1870 e 1914, o mundo vivia a euforia da chamada Belle Epóque (Bela Época). Do ponto de vista da burguesia dos grandes países industrializados, o planeta experimentava um tempo de progresso econômico e tecnológico. Confiantes de que a civilização atingira o ápice de suas potencialidades, os países ricos viviam a simples expectativa de disseminar seus paradigmas às nações menos desenvolvidas. Entretanto, todo esse otimismo encobria um sério conjunto de tensões.

Com o passar do tempo, a relação entre os maiores países industrializados se transformou em uma relação marcada pelo signo da disputa e da tensão. Nações como Itália, Alemanha e Japão, promoveram a modernização de suas economias. Com isso, a concorrência pelos territórios imperialistas acabava se acirrando a cada dia. Orientados pela lógica do lucro capitalista, as potências industriais disputavam cada palmo das matérias-primas e dos mercados consumidores mundiais.

Um dos primeiros sinais dessa vindoura crise se deu por meio de uma intensa corrida armamentista. Preocupados em manter e conquistar territórios, os países europeus investiam em uma pesada tecnologia de guerra e empreendia meios para engrossar as fileiras de seus exércitos. Nesse último aspecto, vale lembrar que a ideologia nacionalista alimentava um sentimento utópico de superioridade que abalava o bom entendimento entre as nações.

Outra importante experiência ligada a esse clima de rivalidade pôde ser observada com o desenvolvimento da chamada “política de alianças”. Através da assinatura de acordos político-militares, os países europeus se dividiram nos futuros blocos políticos que conduziriam a Primeira Guerra Mundial. Por fim, o Velho Mundo estava dividido entre a Tríplice Aliança – formada por Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália – e a Tríplice Entente – composta por Rússia, França e Inglaterra.

Mediante esse contexto, tínhamos formado o terrível “barril de pólvora” que explodiria com o início da guerra em 1914. Utilizando da disputa política pela região dos Bálcãs, a Europa detonou um conflito que inaugurava o temível poder de metralhadoras, submarinos, tanques, aviões e gases venenosos. Ao longo de quatro anos, a destruição e morte de milhares impuseram a revisão do antigo paradigma que lançava o mundo europeu como um modelo a ser seguido.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
anibomb.gif (3559 bytes)A Primeira Guerra Mundial ocorreu no século XX. De 1914 a 1918, o continente europeu foi “palco” dos horrores causados pela guerra. Os principais motivos que levaram ao acontecimento da Primeira Guerra Mundial, segundo alguns estudiosos, foram o expansionismo, a exploração Imperialista da África e Ásia (a partir do final do século XIX até meados da década de 1960), a corrida armamentista e apolítica de alianças.
É consenso entre vários estudiosos que o início (estopim) da guerra ocorreu após o assassinato do arquiduque austríaco Francisco Ferdinando. Devemos salientar que esse fato não foi o fator preponderante que fez a guerra ter acontecido, mas um evento que motivou a explosão do barril de pólvora – metáfora que descreve as tensões diplomáticas entre os países europeus antes da guerra.      
A Primeira Guerra Mundial foi analisada e interpretada por diversos estudiosos e foi inspiração para diversas produções cinematográficas (aliás, somente a Segunda Guerra obteve mais produções cinematográficas que representaram o conflito). A Grande Guerra, como também foi descrita, foi dividida em algumas fases.
A primeira fase ocorreu de agosto a novembro de 1914 e ficou conhecida como a guerra de movimento, quando a Alemanha realizou ataques agressivos contra a França. Os alemães invadiram a Bélgica, derrotaram os franceses e caminharam rumo a Paris. Logo de imediato, a capital e o governo francês foram transferidos para a cidade de Bordeaux e os franceses conseguiram conter os ataques dos alemães, que recuaram a ofensiva em setembro de 1914.
Na primeira fase da guerra, a política de alianças já estava praticamente consolidada, mas alguns países ainda fecharam acordos, o que desencadeou na formação dos dois blocos inimigos durante a segunda fase da guerra: a Tríplice Entente, formada pela França, Bélgica, Grã-Bretanha, Rússia, EUA, entre outros; e a Tríplice Aliança, composta pela Alemanha, Áustria-Hungria, Turquia e Bulgária.
A segunda fase da Primeira Guerra Mundial aconteceu de novembro de 1914 a março de 1918. Essa fase ficou conhecida como a Guerra de posições, época em que ocorreram as maiores estratégias militares (os avanços dos exércitos custavam milhares de vidas). Nesse momento, teve início a chamada guerra de trincheiras, quando os exércitos se enterraram em valas com a finalidade de proteção.
A entrada dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial confirmou-se durante a segunda fase. Os principais motivos da entrada dos EUA no conflito foram a promessa de apoio aos países europeus que compravam mercadorias das indústrias norte-americanas (a neutralidade ficou difícil) e os ataques dos submarinos alemães à marinha mercante dos EUA. No dia 6 de abril de 1917, os norte-americanos declararam guerra à Alemanha. Outro fato importante dessa fase foi a saída da Rússia, em 1917, da Guerra, em razão da Revolução Socialista Russa. Em tal momento, a Tríplice Aliança havia ganhado dois aliados, a Bulgária e a Turquia; e a Tríplice Entente teve a adesão da Romênia, de Portugal, do Japão, da Argentina e do Brasil.
As ofensivas de 1918 se constituíram como a terceira fase da Primeira Guerra Mundial. Novas armas bélicas foram utilizadas no conflito, além do uso de tanques e aviões de caça para bombardeios e também a chegada de um grande contingente de soldados norte-americanos (aproximadamente 1,2 milhão de soldados).
A entrada dos EUA reforçou a capacidade bélica da Entente, entretanto a saída da Rússia possibilitou a invasão da Itália e da França pela Alemanha. Mas a força bélica da Tríplice Entente conseguiu vitórias fundamentais sobre a Tríplice Aliança em territórios franceses.
No final de 1918, a Alemanha não tinha mais possibilidade de vencer a guerra e a população alemã forçou o imperador Guilherme II a abdicar do trono. Posteriormente foi instalada a república na Alemanha e decretada a sua derrota militar. A Primeira Guerra Mundial matou cerca de 8 milhões de pessoas e incapacitou aproximadamente 20 milhões.

saida da russia na primeira guerra

governo de stalin


Yeltsin e Gorbatchev conduziram o processo de abertura política e econômica da União Soviética.
anibomb.gif (3559 bytes)A queda do governo de Stálin trouxe à tona uma série de transformações que abriu portas para o fim da centralização política promovida pelo stalinismo. No governo de Nikita Kruchev, várias das práticas corruptas e criminosas do regime stalinista foram denunciadas. Depois de seu governo, Leonid Brjnev firmou-se frente a URSS de 1964 a 1982. Depois desse período, Andropov e Constantin Tchernenko assumiram o governo russo.

Nesse período, os problemas gerados pela burocratização do governo soviético foram piorando a situação social, política e econômica do país. O fechamento do país para as nações não-socialistas forçou a União Soviética a sofrer um processo de atraso econômico que deixou a indústria soviética em situação de atraso. Além disso, os gastos gerados pela corrida armamentista da Guerra Fria impediam que a União Soviética fosse capaz de fazer frente às potências capitalistas.

A população que tinha acesso ao ensino superior acabou percebendo que o projeto socialista começava a ruir. As promessas de prosperidade e igualdade, propagandeadas pelos veículos de comunicação estatais, fazia contraste com os privilégios a uma classe que vivia à custa da riqueza controlada pelo governo. Esse grupo privilegiado, chamado de nomenklatura, defendia a manutenção do sistema unipartidário e a centralização dos poderes políticos.

No ano de 1985, o estadista Mikhail Gorbatchev assumiu o controle do Partido Comunista Soviético com idéias inovadoras. Entre suas maiores metas governamentais, Gorbatchev empreendeu duas medidas: a perestroika ( reestruturação) e a glasnost (transparência). A primeira visava modernizar a economia russa com a adoção de medidas que diminuía a participação do Estado na economia. A glasnost tinha como objetivo abrandar o poder de intromissão do governo nas questões civis.

Em esfera internacional, a União Soviética buscou dar sinais para o fim da Guerra Fria. As tropas russas que ocupavam o Afeganistão se retiraram do país e novos acordos econômicos foram firmados junto aos Estados Unidos. Logo em seguida, as autoridades soviéticas pediram auxílio para que outras nações capitalistas fornecessem apoio financeiro para que a nação soviética superasse suas dificuldades internas.

A ação renovadora de Mikhail Gorbatchev criou uma cisão política no interior da União Soviética. Alas ligadas à burocracia estatal e militar faziam forte oposição à abertura política e econômica do Estado soviético. Em contrapartida, um grupo de liberais liderados por Boris Ieltsin defendia o aprofundamento das mudanças com a promoção da economia de mercado e a privatização do setor industrial russo. Em agosto de 1991, um grupo de militares tentou dar um golpe político sitiando com tanques a cidade de Moscou.

O insucesso do golpe militar abriu portas para que os liberais tomassem o poder. No dia 29 de agosto de 1991, o Partido Comunista Soviético foi colocado na ilegalidade. Temendo maiores agitações políticas na Rússia, as nações que compunham a União Soviética começaram a exigir a autonomia política de seus territórios. Letônia, Estônia e Lituânia foram os primeiros países a declararem sua independência. No final daquele mesmo ano, a União Soviética somente contava com a integração do Cazaquistão e do Turcomenistão.

No ano de 1992, o governo foi passado para as mãos de Boris Ieltsin. Mesmo implementando diversas medidas modernizantes, o governo Ieltsin foi marcado por crises inflacionárias que colocavam o futuro da Rússia em questão. No ano de 1998, a crise econômica russa atingiu patamares alarmantes. Sem condições de governar o governo, doente e sofrendo com o alcoolismo, Boris Ieltsin renunciou ao governo. Somente a partir de 1999, com a valorização do petróleo no governo de Vladimir Putin, a Rússia deu sinais de recuperação.

tratado de berlim